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Quando a lama já não incomoda tanto, quando se contenta com a migalha oriunda de um suborno camuflado pelo falso mérito, quando se faz a opção de cruzar os braços e os atos evidentes de corrupção não afetam porque se vislumbra a esperança de um benefício pessoal.
Tantas obras inacabadas que cresceram muito nos últimos meses. Todas causam prejuízos incalculáveis e isso afeta a todos nós.
A convivência diária com cenas, imagens do abandono, do descaso, parece dizer que ninguém mais se importa com isso. A falta de UTI em Parintins vitimou mais um parintinense, um jovem de 26(vinte e seis) Yedo Oliveira, seu quadro era grave, foi entubado, tinha que ser removido pra Manaus porque aqui não temos UTI, mas ele não tinha condições de suportar o deslocamento aéreo para Manaus. Quando teve o quadro estabilizado foi feito o translado mas faleceu nesse domingo passado. A morte passou a ser banalizada e já não afeta mais as autoridades que fazem de conta que não é de sua responsabilidade cuidar efetivamente do povo carente. Cuidar é investir incansavelmente para evitar óbitos.
Um pequeno e seleto grupo prospera, tem seu patrimônio aumentado de forma assustadora, e, evidentemente ilícita. Mas em nome da boa convivência recebe os aplausos e cumprimentos daqueles que se contentam com as migalhas oriundas do esgoto da corrupção.
Já não se importam com o esgoto a céu aberto, com a água imprópria para o consumo humano, a água suja que consumimos todos os dias afeta nossa saúde numa clara demonstração de que não existe qualidade de vida em Parintins.
A arte da enganação, muito utilizada no período eleitoral está virando rotina na sociedade que parece não se importar com o odor podre que vem da lama que passa bem perto de todos nós todos os dias.
por Juscelino Melo Manso, parintinense, advogado
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