Vila Amazônia, um Caminho para o Desenvolvimento de Parintins

Comunidade Santa Maria de Vila Amazônia
Comunidade Santa Maria de Vila Amazônia

                        A Gleba de Vila Amazônia pode ser o caminho para o desenvolvimento de Parintins.

                        Sem diminuir a importância de outras regiões em nossa área rural, como Uaicurapá, Mamurú, Caburi, Mocambo e as áreas de Várzea, a Gleba de Vila Amazônia estrategicamente é uma área muito promissora e mostra ser o caminho para o desenvolvimento de nosso município.

                        Existe a necessidade urgente do Poder Público Municipal assumir o comando dessa área sob pena de perdermos o controle no crescimento da mesma. Ora, para isso existe uma lei municipal que autoriza o município a receber essas terras, através dessa lei nº 406/2007, trata-se de uma área superior a 2.176.053,6587m­2, são mais de 2milhões de metros quadrados.

                        Um crescimento desordenado é extremamente prejudicial à economia, ao desenvolvimento e ao meio ambiente, além de transformar essa área tão nobre em uma favela, com invasões irregulares constantes.

                        Muito importante a pavimentação da estrada que liga a comunidade de Santa Maria da Vila até a região da Valéria, mas é necessário um trabalho eficiente focado na organização da ocupação do solo, como continuidade do trabalho que o INCRA fez e que precisa ser efetivado, é preciso dar apoio ao trabalhador do campo, com educação voltada para vocação da área, o setor primário.

                        Os investimentos devem ser realizados em conjunto e não isoladamente, sob pena de ocorrer o desequilíbrio social. Apenas asfaltar a estrada não resolve o problema, pelo contrário esse investimento isolado, sem o trabalho de base, no setor primário, na educação, saúde e segurança, pode gerar um grave problema social.

                          O projeto de assentamento que em parte já alcançou sua finalidade estabelecida na Lei Federal nº 8.629/93, com as devidas modificações feitas pela lei nº 13.465/2017, praticamente já foi encerrado e aguarda a manifestação do Poder Público Municipal. Esse projeto gerou seus efeitos diante do grande investimento financeiro já realizado, e crescimento, organização e desenvolvimento a partir de agora, só será possível se o Poder Público Municipal assumir o comando dessa área nobre, tão importante para o crescimento de Parintins.

por   Juscelino Melo Manso

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Por Juscelino Manso

Juscelino Melo Manso, parintinense, advogado

1 comentário

  1. Faz alguns meses que venho falando com algumas pessoas a mesma coisa que Juscelino desenvolve neste artigo. A Vila Amazônia é o futuro de Parintins. A questão que se coloca é que tipo de futuro vamos querer construir. O potencial da região é enorme para um desenvolvimento sustentável, que respeite o meio ambiente, que valorize potencial produtivo da região, com planejamento urbano, com um projeto de gestão de resíduos de acordo com a Política Nacional de Resíduos, entre outros mecanismos que assegure um futuro de bem-estar para todos. Do contrário, a Vila Amazônia irá se expandir naturalmente de forma desordenada, com possíveis ocupações irregulares, conflitos de terras, exploração irresponsável dos recursos naturais entre outras atividades irregulares que trarão prejuízos irreversíveis para todos. É preciso que os gestores tenham visão ousada, estratégica e holística, não visando apenas extrair lucro, mas sim pensando no bem-estar coletivo e numa sociedade justa e sustentável para todos. A população também precisa se organizar e zelar pela preciosidade que está sob seus pés, buscando geração de renda e desenvolvimento, sem agredir o meio ambiente. Infelizmente, a Parintins que temos hoje está há anos convivendo com uma lixeira a céu aberto, sem um projeto de urbanismo que valorize e preserve de fato o meio ambiente, expandindo-se às custas de ocupações de terras irregulares, com projetos residenciais que se levantam às custas de derrubadas de castanheiras centenárias, com obras iniciadas e abandonadas pelo poder público, e com pouquíssimos espaços planejados e projetos corretamente para práticas de atividades físicas, promoção de lazer e bem-estar para a família parintinense. A pergunta que se coloca é se a Parintins de hoje é Vila Amazônia de amanhã ou se vamos nos unir, sociedade, poder público e comunidade, para construir uma Vila Amazônia sustentável, onde as pessoas poderão desfrutar de qualidade de vida e bem-estar.

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