Neste momento estou aqui no auditório da rádio alvorada, numa solenidade…
Ontem recebi um convite da Diocese de Parintins, para participar da solenidade de lançamento da Campanha da Fraternidade 2018, cujo tema é “Fraternidade e Superação da Violência”.
Perguntei ao repórter que me enviou o convite e que é mestre de cerimônia no evento, quantos convites ele enviou, ele me informou que enviou para mais de 500(quinhentas) pessoas.
Incrível. Apenas 5(cinco) pessoas compareceram, além de um diácono, um seminarista e profissionais da emissora de rádio. Houve dificuldade até para compor a mesa redonda, por falta de números…
Acredito que isso manifesta a falta de importância e interesse em se discutir o assunto.
Mas a violência é um problema que afeta a todos nós, e não podemos cruzar os braços, nem fechar os olhos.
Ninguém pode negar os últimos acontecimentos em nossa cidade, crimes com requintes de crueldade, aumento assustador do consumo de drogas, roubos, furtos e violência doméstica, entre outros.
Efetivamente, nada, ou muito pouco se tem feito para combater a violência em Parintins.
Há poucos dias, recebemos a visita do secretário de segurança do estado que é vice-governador, veio a Parintins para lançamento de uma operação policial, que mais se assemelhou a um ato politiqueiro, eleitoreiro e para isso se armou um grande circo. Não é disso que nós parintinenses precisamos, o que queremos é resultado, que só serão possíveis se tivermos ações responsáveis e eficientes por parte das autoridades que têm o dever Constitucional de fazê-los.
Vamos discutir esse assunto, seja na família, na comunidade. É fundamental que abramos os nossos olhos, vamos buscar o diálogo, vamos nos aproximar mais uns dos outros, vamos evitar o isolamento.
O problema é nosso, nós todos somos, direta ou indiretamente, vítimas da violência em nosso município.