MERCADO MUNDICO BARBOSA- Memória e Resistência

No Alvorecer das quatro da manhã, iniciam as jornadas incansáveis de parintinenses, cearenses, maranhenses e comerciantes vindos de comunidades ribeirinhas, rumo ao Mercado Mundico Barbosa, localizado na Feira do Bagaço, no bairro da Francesa.

O mercado é um lugar construído por histórias de luta, de cores e sabores; pelo aroma dos cafés chamando a freguesia logo cedo. Mesmo envelhecido pelo tempo, sendo reformado uma vez, há oito anos, após décadas de existência, o espaço oferece o sustento de gerações.

Fundado no final da década de 70, o mercado da Francesa encontra-se atualmente em situação imprópria para o funcionamento, na sua área interna. Porém os feirantes preferem não abandonar o espaço, devido ao grande fluxo de pessoas que desembarcam na Lagoa da Francesa, principal ponto de atracação do trecho que liga a avenida amazonas com a feira.

De acordo com os feirantes, em 2021 os boxes (points de vendas) foram mapeados, com a pretensão de revitalizar o espaço pelo Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (PROSAMIM), no entanto nada foi concretizado ainda. Enquanto o Mundico não ganha melhorias, os feirantes já especulam a preparação para a enchente deste ano, uma vez que, parte da estrutura fica submersa, dificultando o fluxo dos trabalhadores e fregueses. Soluções como marombas, serviço delivery e até mesmo a saída para os locais não inundados são alternativas encontradas por eles, para sanar os prejuízos.

Na opinião do parintinense e advogado Juscelino Manso, frequentador assíduo da feira, caberia ao poder público, adequações que possibilitem conforto aos feirantes e clientes. “O espaço necessita de uma intervenção municipal imediata, isso se faz urgente, devido às condições sanitárias do lugar, sem nenhuma higiene, o lixo agride a saúde das pessoas e o meio ambiente”, conclui o advogado.

por Aldair Rodrigues – Jornalista graduação UFAM/Parintins

 

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Por Juscelino Manso

Juscelino Melo Manso, parintinense, advogado

4 comentários

  1. Muito triste. A área tem uma voz comunitária também, onde se reúne o Movimento Amigos da Francesa, resistência à precariedade de décadas de abandono e de invasões de palafitas na lagoa. O número de alcoólicos e usuários de outras drogas também é gritante, onde ficam jogados nas calçadas urinadas, tudo isto à céu aberto, dividindo espaço com urubus e carniças. Infelizmente, o amor de muitos, se esfriou.

  2. O mercado pode se dizer que é um meio de muitos trabalhadores conquistar seu ganha pão, porém ao olhos do poder publico falta a consideração de melhorias,sendo que muitos são chefes e mães de família trabalhando dignamente..sendo também um ponto econômico para os parintinense e ate mesmo para os que vem até nossa cidade.E deveria ter condições boas e vulneráveis no local…ate porque enfrentamos fenômenos climáticos, e da natureza…Nada mais justo se o mercado recebesse melhorias a fim de beneficiar aqueles que cedo estão na batalha.Organizar os boxes,ampliar o mercado no qual é muito frequentado, impor recursos para melhorar e beneficiar o vendedor e os próprios clientes que ali convive.e uma melhoria no porto para facilitar as embarcacoes,transportes do pescado e uma boa aparência.

  3. É uma falta de respeito com um patrimônio como o mercado,pelas historias vividas por quem ali passou.O poder público esqueceu das obrigações que tem…das melhorias que sabem que o mercado precisa,que o bem estar,econômico,e do lazer que muitos parintinense que poder receber… É uma lástima o esquecimento do prédio,ele esta em abandono, falta mais sensibilidade com ad pessoas que trabalham e frequentam o local.

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