O Vírus Tem Seu Grande Aliado

            Devemos entender que nada acontece por acaso em nossas vidas. Da pandemia do Coronavirus devemos tirar lições, acredito em muito aprendizado nesse período de sofrimento. O comodismo, ou, “deixa como está pra ver o que acontece”, não podem prevalecer, devemos ter sabedoria para evidenciar as mazelas, as falhas, e cobrar os cuidados e investimentos aos quais temos pleno direito.

                        O se “acomodar” ou o “deixa como está”, torna a morte uma rotina e até mesmo algo banal, assim também a doença, a falta de cuidado, a miséria, a falta de assistência, e inúmeras mazelas existentes no município.

                        Quantas pessoas precisarão morrer até que se instale a UTI ? É necessário que se crie projetos que de fato melhore a qualidade de vida das pessoas, com a estruturação efetiva do sistema de saúde no município.

                        As mortes provocadas pelo coronavirus já são mais de 300, no relatório divulgado no último sábado dia 20/março/2021, são 307 (trezentos e sete) óbitos. Isso me faz pensar na situação em que se encontra o cemitério municipal, onde os corpos dos entes mais humildes são empilhados sobre outros porque já não existe mais lugar, a falta de um projeto para o cemitério e a falta de manutenção, a falta de respeito para com os coveiros e demais profissionais que trabalham no cemitério, um verdadeiro constrangimento passamos quando visitamos esse lugar.

                        Tantas pessoas perdemos para esse vírus, mas não podemos esquecer que o vírus tem o seu aliado. Nesse período houve tempo e recursos suficientes para se construir a UTI e o Hospital de Campanha, mas nada disso foi feito. Recentemente, um Deputado Federal disse que destinou para Parintins mais de 30milhões de reais, e pergunto, o quê mudou na vida das pessoas, em quê melhorou a saúde? A verdade é que efetivamente nada melhorou e continuamos expostos ao perigo e risco de morte por não termos, em Parintins, estrutura suficiente para nos atender num caso de maior gravidade.

por Juscelino Melo Manso

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Por Juscelino Manso

Juscelino Melo Manso, parintinense, advogado

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